sábado, 19 de dezembro de 2009

Carinhos na barriga e mordidinhas no dedão

Estou nesse exato momento sentada ao lado de um certo ser, que devora alegremente sua ração como se fizesse isso todos os dias de sua vida. Mas não faz. Pitucha, em seus completos nove anos de vida canina, deu mais trabalho para comer do que uma criança da propaganda Biotonico Fontora. Essa sua falta de apetite fez com que, ao longo dos anos, minha cadelinha Dashund recebesse mais atenção especial do que a própria Lassie em seus tempos dourados. E preocupação também. É só ela recusar seu pote de ração que já está eu e minha mãe, ajoelhadas, implorando para que ela engula um pouco de pão com leite. É um drama real.

Toda a minha família decidiu adotar pitucha como a cadela completamente anormal, fresca, irritante, com manias imprevisíveis, destruidora de paredes, e que usa camas como toaletes como a cadela merecedora de ser amada loucamente. E assim foi feito. Até os parentes que tinha uma grande aversão contra animais foram ‘adestrados’ por pitucha. Meu tio foi o caso mais interessante. Até hoje ele não tem tolerância á nenhum cão. Mas é só Pitucha chegar em sua casa, empurrando sua porta com o focinho longo típico da raça Dashund, que ele declara com uma alegria de quem foi completamente desarmado diante de toda uma família amante de cães: “Ê, narigueta chegou.” Razoável, pelo menos para quem nunca deixou nenhum dos três filhos ter um animalzinho.

Mas nem tudo são flores na relação família – Pitucha. Quando meu pai chegou em casa e encontrou as paredes do nosso novo apartamento destruídas por certos dentinhos, não foi realmente com alegria que ele reagiu quando foi recebido pelas famosas mordidinhas no dedão do pé. Foi mais com um desejo incontrolável de chutá-la para longe. Pelo menos até ela se deitar de barriga, com aquele olhar castanho claro de quem precisa desesperadamente de um agrado. Quem resiste?

E quando ela mastigou o elefante de brinquedo do meu primo de quatro anos há alguns meses, não foi com muito amor que ele a tratou depois disso. E os vizinhos também não gostavam muito das longas horas de latidos enquanto não havia ninguém em casa. Mas não há jeito. Por mais que seja destrutiva e antipática, Pitucha nos lembra dia após dia do quanto é importante estarmos juntos, cada vez mais. Sendo uma criatura que odeia ficar sozinha, ela já chegou a se cortar na lâmina do boxe, no qual ela estava numa tentativa desesperada da nossa família para que ela não destruísse o resto da casa. Em vão, logicamente.

Mesmo com suas atitudes irracionais e suas greves de fome, Pitucha, sozinha, ganhou o amor eterno de uma família. Ora sendo a companhia em uma noite em que todos estão fora, ora a alegria da festa quando alguém derruba um pedaço de bolo, ou até mesmo fazendo todos rirem enquanto tenta perseguir aquele siri na praia, mergulhando a cara na água e espirrando muito depois disso. É como eu disse à alguns dias atrás, Pitucha tem tantos donos quanto se é possível. E os tornam, todos, irremediavelmente mais felizes, principalmente depois de uma boa mordida no dedão ou um carinho na barriga, características que fizeram a diferença no dia em que a trouxemos para casa, há longos nove anos atrás.



Amanda Sartório

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

De volta a programação normal

Agora o assunto exclusivo desse blog é as histórias minhas e dos leitores com os animais não humanos. Vou escrever as minhas "aventuras" de vegetariana no meu novo blog, Vida de Veg

E para marcar a volta da nossa programação, a emocionante história da Michele Freitas.


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"olá !!
EU tenho 3cachorros pincher y amo d+ os 3
em um dia 4feira ao chegar em casa ,uma criança me para na rua e me diz

_olha mataram seu cachorro.
olhei para ele ,não acreditei
e fui para casa mas ao chegar ela minha menina estava no chão desmaiada
meu sangue ferveu e minha pressão caiu,levei ela no veterinário y minha menina estava com um traumatismo craniano.
Três dias depois ELE VOLTOU PARA CASA ,para mim ela já estava bem melhor,todos os dias ela tnha que tomar soro na veia ,eu so pensav nela agora ,ela nao comia sozinha nao levantava ,ms eu tnha fé en Deus q ela iria fikr boa.
Em uma maña ela estava bem ms fraca e fui para o veterinario ,ela ficou em um colchão quente ms ela fikow muito ms estranha e se mexxya muito ,minha bb teve uma parada cardiaca ,meu mundo caiu ,nao me imaginava sem ela ,pela primeira vz vi meu pai chorar sem para, falando com a médica se tinha algo para fzer para ela voltar a vida,ela estava morta.
Ela estava tão bem cheia d vida, e vem um moleque no meu portao e tak uma pedra na cabeça da minha cachorriña e depois nao pede desculpas e sua mae se cala como nada tivesse acontecido. vejo que o ser humano nao tem um pingo de respeito ao proximo.
Hoje ainda choro ao pensar na minha menina,pois sinto sua falta ,perdi meu
bb."

Michele Freitas